terça-feira, 21 de julho de 2009

Capítulo Dez

06h20min

Os tripulantes restantes já estavam a bordo da Gaea XIV rumo à Poseidon, Hercules guiando a nave e Peter e Linda lado a lado em uma mesa.
- Só tenho uma dúvida – disse Peter a Linda quebrando o silencio – e os sinais de radio?
- Ora, Peter – respondeu – é fácil entender, Yel havia planejado isso desde quando saímos na missão para atualizar o mapa universal: antes de sairmos em missão ele vendera sua alma ao demônio, e em troca queria a nossa destruição, o demônio apenas criou os sinais de rádio para nos atrair àquele astro - Houve um momento de silêncio - a propósito, você vai incluir aquele lugar no mapa?
- Não, com certeza não! – respondeu Deckard – Não quero que ninguém encontre aquele lugar novamente!
-Sorte que temos Hercules do nosso lado – disse Rose – sem ele estaríamos mortos
- É verdade- disse Deckard pensativo – e ainda há os que querem que eu o troque por um modelo mais novo, dizem que ele já esta ultrapassado!
-Sabe o que me deixo perplexa?- continuou Rose - é que Yel me amava em segredo, e eu nem desconfiava, e ele fez tudo isso por amor!
-Eu não chamaria mais o que ele fez de amor - respondeu Deckard – chamaria de obsessão, mas, sim, o amor é um sentimento estranho, fazemos loucuras por causa dele, eu, por exemplo, sempre te amei e nunca tive coragem de me declarar.
- Oh, Peter! – Disse Rose envergonhada- eu também te amo!

E os dois se uniram em um grande e apaixonado beijo, um beijo que esperou meses para acontecer, um beijo sem preocupações, um beijo sem Saturniano Louco, um beijo sem demônio flutuante, um beijo totalmente em paz, não havia nada para incomodá-los. Tudo estava bem.

Capítulo Nove

06:06:06

Lúcifer ficou com os olhos vidrados, seus cabelos longos começaram a subir, pareciam que a gravidade não fazia mais efeito neles, seus pés não tocavam mais o chão, agora com os braços estendidos ele estava mais ou menos a uns 4 metros do chão, seu rosto não demonstrava mais calma e sim dor, surgiram chifres em sua testa, asas de morcego em suas costas, os olhos ficaram sem pupila, agora sim ele parecia um demônio.

Lúcifer ergueu os braços, eles estavam totalmente verticais, as palmas das mãos viradas para cima e ,com murmúrios inaudíveis, toda a brilhosidade, toda luz do local onde estavam parecia que derretia e deixava em seu lugar apenas trevas. Aos poucos toda luz do ambiente estava se concentrando nas mãos de Lúcifer formando uma esfera de energia gigantesca.
Tenente Rose tentava desesperadamente acertar com fogo liquido o demônio flutuante, mas parecia que uma barreira invisível protegia Lúcifer e simplesmente o fogo não o atingia.
As únicas fonte de luz era o portão. O encantamento de Lúcifer parecia não afetá-lo, e a esfera de energia gigantesca nas mãos de Lúcifer.
Hercules estava abrindo o portão com sua força descomunal – não era à toa que fora batizado com esse nome - Linda havia desistido de acertar Lúcifer e estava junto com Hercules, Yel estava olhando sem piscar, com um sorriso no rosto, alguma coisa, os olhos de Hércules e de Rose seguiram o seu olhar e então viram o motivo de tanta felicidade do saturniano: Dr.Deckard estava, pelo o que parecia, paralisado, e Lúcifer, agora com toda luz concentrada em sua mão prestes a atacar Dr.Deckard!

Hercules aumentou sua força e escancarou o portão, Tenente Rose estava sem nenhuma ação, só estava chorando, Hercules olhou para Yel, pensou rápido. Hipnotizou Yel com um Grito inaudível aos humanos, Fez Yel trocar, inconscientemente, de lugar com Dr. Deckard.

Peter e Linda estavam a caminho da nave agora, Hercules fechando o portão quando viu o demônio flutuando em frente à Yel com a esfera de energia em mãos.
- Sezul on meuqata! – ordenou o demônio
- Nããããoooooo! – Yel berrou – Hercules viu a esfera indo em direção a Yel,mas não conseguiu ver o que aconteceu depois, pois a luminosidade da explosão o cegou.

- BANNNNN, o portão estava novamente selado.

Capítulo Oito

06h04min

Uma onda de terror invadiu o ambiente, ‘então Linda estava certa aqui é inferno’Deckard ouviu-se dizendo ‘o demônio esta na minha frente, o senhor das trevas!’
-Senhor sim- disse Lúcifer- das trevas não!
-Como das trevas não?Você é o deus do submundo, do subuniverso!
-Não me faça rir, você não notou como esse ambiente é luminoso, claro, brilhante!Vocês Humanos são patéticos mesmo, vocês que me deram esse nome e agora desviaram totalmente seu sentido!Lúcifer, nunca lembram do significado latim da palavra?Aquele que traz a luz, O iluminador, por que vocês acham que meu símbolo é um pentagrama, uma estrela?O que trás a luz a noite?As estrelas!O que trás a luz de dia?O sol, uma estrela, bem que Yel me disse vocês são burros...
-E o que você faz com Yel?- perguntou Rose - o que faz com meu amigo?
-Oh. Linda querida, deveria escolher melhor suas amizades – disse Lúcifer – Esse seu ‘amigo’assim que você o chama. né? Bem ,ele me vendeu a alma em troca de eu matar vocês!O cientista sabichão, a lata velha que pensa que é viva e a tenente valente.

A noticia inundou de terror o coração de Linda
-Por que nos matar?- perguntou Linda nervosa
-Por quê!?Você ainda pergunta por quê?! - interveio Yel, falando pela primeira vez –por que eu sempre te amei Tenente Linda Rose e você nunca me deu atenção!Sempre deu mais atenção a essa lata velha!Sempre amou Deckard!E eu ficava chupando o dedo!Mas, como eu sei que nunca ficarei com você, eu a matarei, você e seu amado!E você também morrerá – olhou para Hercules - ah desculpe, será destruído, pois nem vivo você é, sua lata velha!

-SILÊNCIO – berrou Lúcifer – chegou a hora

Capítulo Sete

06h02min

O saturniano e a mulher estavam frente a frente com a tripulação da Gaea, Yel estava com um sorriso estranho nos lábios.

-Não me admira de você estar tão feliz Yel! – disse Deckard – com uma amiga dessas!

Os olhos da Mulher ficaram vermelhos, o queixo e os ombros alargaram-se, os seios murcharam, e ela se transformou em um homem!

- Amiga não: Amigo - disse o homem, com uma voz sinistra e que causava ecos tremendo – Prazer, Lúcifer.

Capítulo Seis

06h00min

Todos estavam procurando desesperados por Yel, o lugar onde estavam era estranho, o contrario de como Linda imaginava, o local era apenas branco e luminoso, sem norte e sul, leste e oeste, pareciam que estavam no nada.

-YEL! – todos gritavam – dê algum sinal de onde você está!

-Olhe, lá esta ele! – apontou Deckard – mas ele não esta sozinho!

Yel vinha caminhando tranquilamente ao lado de uma mulher, que mesmo de longe, dava para perceber que era bonita. Estranhamente bela

Capítulo Cinco

5h30min

Todos os tripulantes da Gaea XIV foram sugados para dentro do Inferno Astral, agora estavam caídos no chão, Hercules como era um andróide ficou apenas meio zonzo não a ponto de ficar inconsciente. Olhou para os lados e avistou a menos de um metro dali o resto da tripulação, mas alguma coisa estava errada, faltava um companheiro seu...
Yel havia desaparecido.

Hercules acordou Rose e Deckard

Capítulo Quatro

4h45min

Um clarão inundou o ambiente.
Hercules soltou um grito de surpresa - incrível para uma máquina - tudo estava visível agora. Um grande portão em forma de arco brilhava iluminando o ambiente, o portão era antigo, com escritas estranhas, com figuras desenhadas de seres sofrendo, ou melhor, talhadas em seu centro. O portão tinha pelo menos uns 10 metros de altura, era imenso, e em seu topo uma estrela, um pentagrama. Era sinistro, era supremo.

-Não acredito que isso existe!Pensei que fosse só uma lenda! – Tenente Rose gaguejou com uma nota de temor em sua voz.

-O que é isso? – perguntou Yel calmo

-Isso é... – Houve uma pausa – a entrada do inferno astral!

-Oh, que comovente! – disse Yel irônico – a entrada do inferno!

- Mas o que é realmente o ‘inferno astral’?- perguntou Deckard, ansioso, tentando disfarçar o faro cientifico para novas descobertas

-Isso não é motivo de felicidade Peter! – exclamou Tenente Rose – o inferno astral é da onde se originam as trevas, as trevas que habitam o universo, e pelo o que a lenda diz existe um ser eu habita o interior desse portão, um monstro, a criatura que causa sofrimento no universo desde a sua origem, desde os tempos mais remotos...

-Tenente Rose – chamou Hercules –não querendo interromper o sua historia, mas olhe...

Hercules apontou para o portão, as portas estavam se abrindo, uma luz ofuscava os olhos de todos... Agora o portão estava totalmente escancarado. Como um aspirador de pó gigante, o portão sugou a tripulação.

Capítulo Três

4h19min

Havia vinte minutos que a Gaea XIV tinha aplanetado no estranho astro de onde proviam os sinais. Estavam dentre uma densa névoa, sendo guiados por Hercules – o único que ainda tinha um senso de direção – andavam com cautela, passo a passo, armas de fogo liquido em mãos preparadas para qualquer tipo de ataque, Yel andava calmo, diferente do resto da tripulação que estava muita tensa, ele podia ate jurar que Hercules - aquela lata velha sem sentimentos - estava um pouco tenso, ele, Yel, estava calmo, pois sabia que se algo desse errado no seu plano perfeito era só ele se teletransportar para um lugar longe dali - um dos motivos pelo qual se orgulhava ter nascido saturniano – claro que para esse teletransporte ele precisaria trocar de lugar com alguém, trocar de localização, e o melhor de tudo ele não precisaria nem do consentimento do ser com quem encolhesse trocar de lugar, era só ele o rastrear e CRACK! A troca estaria feita.

Yel odiava Deckard com a mesma intensidade que amava Linda e sabia que o que sentia era um sentimento lindo, lindo como Linda, e também era impossível, pois Linda amava Peter Deckard. Este nem prestara atenção na mulher maravilhosa que sempre esteve ao seu lado!Deckard dava mais atenção àquela lata velha do que a Tenente Rose!E mesmo com tudo isso Linda nunca prestou atenção em Yel!

Outro motivo pelo qual odiava Deckard é que ele era humano, e os humanos são mais bonitos que os saturnianos - que são um pouco repugnantes - e Yel sabia que essa era mais uma razão para Linda nunca olhar para ele a não ser como amigo,.Yel, como todos de sua espécie, deixava muito a desejar em sua aparência – um dos motivos pelo qual tinha vergonha de ter nascido saturniano.

Capitulo Dois

2h59min

Eram quase 3 horas da manhã e os sinais de radio não paravam – só se intensificavam- tenente Linda Rose já estava muito nervosa. ‘Porque sinais de radio?’Pensava tenente Rose ‘Por que radio, uma tecnologia extinta até na Terra, um planeta relativamente atrasado em comparação ao resto do universo?’.

Tenente Rose não sabia o porquê, mas tinha que conferir da onde proviam aqueles sinais.

-Hercules – chamou ela – estamos longe da origem desses sinais?

-Não tenente- respondeu ele – apenas 1 hora-luz de onde estamos.

-Então mude nossa rota – ela disse – vamos para lá.

Nos lábios de Yel, o saturniano tripulante da Gaea, um sorriso discreto acabara de surgir.

Capitulo Um

1h12min


A tripulação da nave Gaea XIV estava rumo à estação espacial Poseidon, quando captaram estranhos sinais de radio. O que era mais estranho era que o astro da onde estavam sendo emitidos os sinais, não estava registrado no UPS (universe position system) embutido em Hércules - o andróide tripulante- Hercules era um andróide de aparência quase humana, não ser por seus olhos sem emoção e pequenas cavidades espalhadas em seu corpo que tinham a finalidade de reposição de energia. Hercules fora construído por Peter Deckard, o cientista da Gaea. O andróide era a criação mais famosa e inovadora do Dr. Deckard sendo que tamanho foi o avanço cientifico com a construção de Hercules que andróides começaram a serem construídos em larga escala por toda Terra.

Com o reconhecimento que ganhou construindo Hercules, Dr.Deckard fora convidado pelo conselho cientifico da Terra a partir em uma missão espacial para atualização do mapa espacial - era mais um prêmio pela invenção dos andróides do que uma missão, pois o mapa já havia sido atualizado um dia antes por uma sonda espacial - Peter Deckard aceitou no mesmo instante, pois como nunca tinha viajado ao espaço estava ansioso para desvendar os mistérios do universo.

- Em que nave eu vou nessa missão?-perguntou Deckard a Derik Mendes, um senhor de quase 80 anos, chefe do conselho cientifico terráqueo.

-Não te falei?Nossa, eu ando muito esquecido, você vai com a tripulação da Gaea XIV - respondeu o outro – Tenente Rose é a comandante da nave e com vocês também vai Yel, um saturniano, ele é meio fechado, mas é muito útil em situações difíceis...

- Além disso – continuou – ele esta devendo um favor a tenente Rose, pois ela o salvou quando foi condenado a morte em seu planeta por traição ao trono, mas Tenente Rose confia nele, então ele acompanhara vocês nessa viagem.

- Só mais uma pergunta – disse Deckard um pouco nervoso – eu posso levar Hercules junto comigo?

-Hercules!?Ah sim o andróide – respondeu– eu iria mesmo te sugerir para levar um andróide, mas não estava com um do tipo NX1 em mente estava pensando num tipo mais avançado...

- Não senhor, se for pra eu levar um andróide faço questão que seja Hercules, pois ele é minha obra prima e eu tenho total confiança nele! - disse com determinação.

- Se é assim que você prefere... – disse Mendes em tom de confirmação – Leve Hercules então